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Walrus (1970)

Walrus (1970)

Walrus foi o disco homônimo lançado em 1970 pelo selo Deram, álbum que praticamente passou batido pelas rádios inglesas em seu lançamento e cuja característica está em abordar de forma tão eficiente vários estilos do rock, o que ao mesmo tempo talvez tenha confundido o público. Psicodelia, progressivo, jazz, folk rock e tudo isso regado a um naipe de metais que imediatamente nos remete aos primeiros trabalhos de grupos como Blood, Sweet & Tears e principalmente os quatro primeiros álbuns do grupo Chicago. Certamente os músicos eram influenciados pela música americana e optaram pela junção de vários gêneros para criar este som quase que único em seu pais na época.

Trata - se de um intenso trabalho e cujo destaque é uma versão instrumental de ótima qualidade do clássico do Traffic, Coloured Rain. Mas não fica apenas neste cover, já que o grupo tinha personalidade própria e sabia como ninguém passear por todos os estilos citados. Isto pode ser notado na faixa Why, uma boa balada que traz um inspirado acompanhamento de flautas e um instrumental de arrepiar.

Um hard rock com muito teclado e naipe de metais de peso já pode ser conferido na abertura do álbum com Who Can I Trust. Certamente, se não se trata de algo revolucionário, pelo menos não podemos acusar o Walrus de falta de criatividade e qualidade nas composições e execuções. Após ouvir a segunda faixa do álbum, a longa Rags on Old Iron, fica difícil até de classificar o som do grupo.

Vocal intrincado, baixo pulsante e os brilhantes metais fazem a cama para este delicioso e obscuro som que é dividido em três partes fazendo com que estes e mais de treze minutos se transformam num dos melhores momentos do álbum.

Apesar dos esforços da gravadora em promover o álbum, Walrus não chegou a lugar nenhum, o que acabou desanimando o grupo e os executivos a investir mais. Eles ainda tentaram novas formações, inclusive contando com o baterista Ian Mosley – que tocaria no Trace e mais tarde faria sucesso no grupo Marillion, mas os esforços foram em vão.

Na era digital, o Walrus finalmente foi relançado mostrando a qualidade do grupo. O álbum trouxe como faixa extra o single lançado na época Never Let My Body Touch The Ground.

Outro destaque do disco é a interessante e bonita capa, trazendo exatamente a figura que simboliza o nome do grupo e álbum, o leão-marinho, que aliás já havia sido imortalizado dois anos antes pelos Beatles quando John Lennom criou a clássica I Am The Walrus, contida no álbum The Magical Mistery Tour. 

Fonte: Livro, O Maravilhoso e Desconhecido Mundo do Rock - Vol. 2, por Wagner Xavier. Adquira os seus acessando: www.rockraro.com.br.

 

Integrantes.

Steve Hawthorn (Baixo)
John Scates (Guitarra)
Barry Parfitt (Piano & Teclados)
Nick Garb (Bateria)
Noel Greenaway (Vocal)
Don Richards (Trompete)
Roy Vace (Sax Tenor)
Bill Hoad (Sax Alto / Soprano / Barítono / Clarinete & Flautas)
Roger Harrison (Bateria na faixa 8)

 
01. Who Can I Trust? (2:33)
02. Rags And Old Iron (13:38)
Blind Man
Roadside

03. Why (4:28)
04. Turning (7:16)
Woman
Turning (Reprise)

05. Sunshine Needs Me (3:21)
06. Coloured Rain (6:03)
Mother's Dead Face In Memoriam
Coloured Rain (Reprise)

07. Tomorrow Never Comes (3:30)
08. Never Let My Body Touch The Ground (Bonus Track) (2:56)


(320Kbps)


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